tag:blogger.com,1999:blog-57457887007496799602023-11-16T08:23:09.858-08:00Luzes ApagadasCinema.Barulhos de pipoca, beijos no escuro, mentos coloridos, o mundo desligando-se lá fora e o sonho começando aqui dentro.Isadora Sodréhttp://www.blogger.com/profile/04304767477036464148noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-5745788700749679960.post-11755472769233670962008-06-23T06:05:00.000-07:002008-06-23T06:39:25.629-07:00A culpa é do Fidel, 2006, Julie Gavras<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://issoeocio.files.wordpress.com/2008/01/la-faute-a-fidel.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px;" src="http://issoeocio.files.wordpress.com/2008/01/la-faute-a-fidel.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><div style="text-align: justify;">Construções cinematográficas do ponto de vista infantil sempre me chamaram muito a atenção, meu apego por crianças e pelo olhar delas sobre o mundo sempre me deixou fascinada.<br />Em <span style="font-style: italic;"><span style="font-weight: bold;">A culpa é do Fidel</span> (</span><span id="Conteudo1_lblTexto"><i>La Faute à Fidel!) </i>a visão do mundo de Anna, uma garotinha de nove anos, é colocada em evidência. A passagem da sua vida social de classe média alta na França para um apartamento pequeno, cheio de visitas dos "barbudos" e trocas constantes de babás congestiona de vez os seus pensamentos.<br />Sem saber como reagir diante da chatice de ser filha de pais comunistas e de todas as intervenções das amigas e das professoras do seu colégio católico, Anna tenta instituir sua própria identidade em plena década de 70, onde grandes fervores políticos e sociais estão acontecendo.<br />Com a delicicadeza que só uma criança consegue dar a um filme juntamente com a competência da diretora, que foi muito feliz em seu primeiro de filme de ficção, temos uma fórmula infalível para um bom filme.<br /><br /><br /><span style="font-weight: bold;">Assista também: </span>O ano em que meus pais sairam de férias<br /></span></div>Isadora Sodréhttp://www.blogger.com/profile/04304767477036464148noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5745788700749679960.post-13679104997786045442008-05-24T12:45:00.000-07:002008-05-24T12:55:49.756-07:00<object width="425" height="355"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Y1hzDzAvJOY&hl=en"></param><param name="wmode" value="transparent"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/Y1hzDzAvJOY&hl=en" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" width="425" height="355"></embed></object><br /><br />Eu não poderia deixar postar essa notícia e de muito menos deixar de dizer o quanto me emocionei ao ver esse video que deixo como presente para você, que não lê esse blog. Quero deixar guardado aqui o momento em que o cinema conseguiu atingir sim, o objetivo de transpor a literatura para a realidade imagética. É muito bom exergar na tela o que era somente dado da nossa da imaginação. As lágrimas de Saramago provam que tudo isso foi feito de maneira certa, do jeitinho pra se encaixar nas nossas retinas e chegar até o nosso coração.<br /><br /><br /><br />Fernando Meirelles, para a Folha De São Paulo<br /><br />Depois de uma semana que pareceu uma verdadeira montanha russa emocional, saí de Cannes no sábado e fui para Lisboa mostrar o filme "Ensaio sobre a Cegueira" para o autor da história, José Saramago.<br />Por meses, antecipei o quanto a sessão me deixaria ansioso -e não estava errado. Infelizmente, o cine São Jorge, que nos foi reservado, não tinha projeção digital, então foi improvisado um sistema para passarmos nossa fita. Pensei em desistir de mostrar o filme ao ver um teste da projeção, mas o escritor já estava na sala de espera e, em respeito ao compromisso, achei melhor ir em frente.<br /><br />Sentei-me ao seu lado, expliquei aos poucos amigos presentes que só havia legendas em francês e começamos a ver o filme. Sofri cada vez que uma imagem não aparecia ou que uma música mal soava. Ele assistiu ao filme todo mudo e sem reação nenhuma. Ao final da sessão, quando os créditos começaram a subir, sua mulher, Pilar, debruçou-se sobre Saramago e me agradeceu, emocionada. Silêncio ao meu lado. Antes de terminar os créditos principais, as luzes do cinema foram acesas, eu ousei olhar para o lado e vi que ele fitava a tela sem reação, como se estivesse interessado no nome dos assistentes de cenografia que passavam.<br /><br />Deu tudo errado, pensei. Toquei seu braço levemente e lhe falei que ele não precisava comentar nada naquele momento, mas, então, com uma voz embargada, ele me disse, pausadamente: "Fernando, eu me sinto tão feliz hoje, ao terminar de ver este filme, como quando acabei de escrever "O Ensaio sobre a Cegueira'". Apenas agradeci e ficamos ali quietos. Dois marmanjos segurando as próprias lágrimas em silêncio. Ele passou a mão nos olhos, disfarçando a sua. Pensei no meu pai. Emoção sólida, dessas que se pode cortar em fatias com uma faca. Num impulso, beijei sua testa.<br /><br />Na conversa e no jantar que se seguiram, ele disse que não considera o filme um espelho de seu trabalho e que nem poderia ser assim, pois cada pessoa tem uma sensibilidade diferente.<br />Disse ter gostado da experiência de ver algo que conhecia, mas que, ao mesmo tempo, não conhecia. Falou que o filme não era perfeito, mas que nunca havia assistido a um filme perfeito. Comentou algumas imagens que o emocionaram especialmente e disse ter achado o nosso Cão das Lágrimas muito doce; preferia que fosse mais agressivo.<br /><br />Quando lhe contei sobre as críticas favoráveis e contrárias ao filme em Cannes, incluindo a da Folha, ele imediatamente lembrou e recontou aquela historinha do velho que vem puxando um burro montado por uma criança. Um passante vê aquilo e acha absurdo a criança estar montada enquanto um velho caminha, então eles invertem a posição. Outro passante cruza com o grupo e reclama da situação: "Como um adulto deixa uma criança a pé enquanto vai confortavelmente montado?".<br /><br />Então, os dois montam no burro, mas alguém acha aquilo uma crueldade com um animal tão pequeno.<br />Finalmente, resolvem ambos carregar o burro nas costas, até que outro passante observa como são estúpidos por carregar o animal. E, enfim, o velho decide voltar para a primeira situação e parar de dar importância ao que dizem. "É isso que faço sempre", concluiu o escritor.<br /><br />Acabo de deixar José Saramago e sua mulher no Ministério da Cultura de Portugal, onde está sendo exibida uma retrospectiva de seu trabalho e sua vida.<br />Houve uma pequena coletiva de imprensa ali, depois de visitarmos juntos a exposição. Meu filminho de menos de duas horas me pareceu muito insignificante ao ser colocado ao lado daquela obra de uma vida inteira.Isadora Sodréhttp://www.blogger.com/profile/04304767477036464148noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5745788700749679960.post-2416900879969549202008-05-12T19:49:00.000-07:002008-05-12T20:04:54.416-07:00Sin City, 2005<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://www.adorocinema.com.br/filmes/sin-city/sin-city-poster09.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px;" src="http://www.adorocinema.com.br/filmes/sin-city/sin-city-poster09.jpg" alt="" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-family:verdana;">Ontem foi Dia Das Mães, portanto deixei como incubência a minha querida progênitora a escolha do filme da tarde de domingo dentre os poucos dvd's que adquiri nas promoções da Loja Americanas. Ela escolheu "Sin City" e não poderia ter sido melhor.</span> <span style="font-family:verdana;"><br />O filme segue uma linha de plena fidelidade a história em quadrinhos escrita por Frank Miller, onde o mesmo é devidido em três histórias que, em alguns momentos, apresentam aspectos e personagens em comum. Filmado interamente em estúdio, a película atende as exigências visuais e gráficas determinadas nas ilustrações dos quadrinhos, fazendo com que esse aspecto torne-se o grande triunfo do filme.<br />A reconstrução fiel e plena dos diálogos e das narrativas em primeira pessoa concede um filme um ritmo frenético e impressionante, onde as duas horas e alguns minutos passam praserosamente, sem que o espectador consiga dar conta delas.</span> <span style="font-family:verdana;">Dirigido por Robert Rodriguez (mesmo diretor de "Balada do Pistoleiro"), "Sin City" consegue seu titulo de cool entre a febre de adptações de história em quadrinhos bem (e mal) elaboradas pelo mundo do cinema.</span><span style="font-family:Arial, Helvetica, sans-serif;font-size:85%;"><br /></span>Isadora Sodréhttp://www.blogger.com/profile/04304767477036464148noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5745788700749679960.post-17402708578608271962008-04-30T10:06:00.000-07:002008-05-06T13:25:13.517-07:00Para começar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFxCsChK-dJOoXt6217RDadzaxe2DChsayoATGpbNlNK9Wklxn_AVQodSWmbNUrFvuzaMZSJKzXwuAIs2LJoyVrJWcCoLfQJy567qcd0cBTziI8aheKuf_wyvUue3NkWOxvFTrdOolWA/s1600-h/cinema.jpg"><img style="margin: 0px auto 10px; display: block; text-align: center; cursor: pointer;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiFxCsChK-dJOoXt6217RDadzaxe2DChsayoATGpbNlNK9Wklxn_AVQodSWmbNUrFvuzaMZSJKzXwuAIs2LJoyVrJWcCoLfQJy567qcd0cBTziI8aheKuf_wyvUue3NkWOxvFTrdOolWA/s400/cinema.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5195089563107863778" border="0" /></a><br />Eu sempre quis escrever sobre cinema, sempre mesmo. Eu sempre gostei de todos os filmes, do play do controle remoto do DVD, da apagar das luzes, do ar-condicionado fortíssimo, dos casais se atracando sem nenhuma vergonha, das histórias dispostas aos meus olhos.<br />Não sou a melhor crítica do mundo, não sou formada em cinema, não faço jornalismo em lugar nenhum, sou novinha demais (tenho apenas 16 anos) e não acho que vi os filmes suficientes para ter uma base ideal sobre o tema. Escrevo aqui com o propósito de expor minhas opiniões sobre o que esse e e aquele outro filme trouxeram pra mim, dos visíveis erros dos intelectuais, dos possíveis acertos das super-produções e da minha modesta visão sobre o que, para mim, é o maior refúgio da face da terra.Isadora Sodréhttp://www.blogger.com/profile/04304767477036464148noreply@blogger.com0